Estou há 5 dias na Costa Vicentina. Dias lindos, soalheiros e temperaturas altas. À parte de um incêndio que infelizmente está perto, o céu está limpo, azul e profundo.
Cheguei e anunciam-me tristes e dolorosas notícias. A alma tornou-se pesada, escura e o coração contorceu-se de dor. As recordações multiplicaram-se o corpo tremeu e depressa mergulhei num eco gritante e denso… Só o mar e a natureza que me rodeia podia acalmar a angústia que me consumia.
A primeira noite foi longa, muito longa… Mas o choque foi maior e não consigo descrevê-la. Lembro-me de estar a ser esmagada pela estrelas, viajar pelo universo e chorar.
Acordo e vamos ver o mar. A primeira praia dá-se pelo nome de Samoqueira, fica no Rogil perto de Aljezur. A praia refletia o meu estado de espírito fechado.
Não sei quem roubou a areia desta praia, mas se a quiser devolver…
Depois seguimos para a Carrapateira, praia da Bordeira. Com rio até ao mar que tive de atravessar.
Paisagens lindas, de tirar o fôlego e de me fazer sentir um ponto tãoooooo pequenino no meio desta dimensão descomunal.
Fui almoçar à praia do Amado, local predileto para os surfistas.
E fechei o dia na praia Vale Figueiras com mergulhos épicos e yoga para acalmar a mente, o corpo e acima de tudo a minha alma carregada e tingida de mágoa.