Quem leu o meu último post, apercebeu-se que ontem muito eu desejei e desesperei por pasta de gergelim ou também designada por tahine. Para além de ser uma pasta deliciosa se for absolutamente natural também é muito nutritiva. 

Ontem fiz um jantar aqui em casa e como é habitual há sempre entradas, prato principal e se ainda sobrar espaço no estômago, sobremesa. Às vezes fica difícil chegar à sobremesa. Mas também ninguém manda sermos lambões, não é verdade?!  Ontem com muita coragem lá chegámos à sobremesa, mas ficou a promessa, que amanhã (hoje) não se comia. 

Uma das entradas foi húmus, um prato de origem oriental e que agora está muito na moda. À parte disso, é maravilhoso (pelo menos feito por mim) e muitíssimo rico. Prova que a nossa coragem foi indescritível em conseguirmos atacar depois de tudo a dita sobremesa… 

Ja sabem que gosto de comer o mais orgânico possível,  (grata por os meus pais adorarem divertirem-se na agricultura e assim eu poder usufruir de um vasto conjunto de produtos biológicos), mas por vezes, ou por questões de logística (não vou chamar calanzice porque não me considero mesmo nada uma pessoa calona, muito pelo contrário, aliás, às vezes (confesso) se não existir um pingo de esforço ou dificuldade até me aborreço) ou porque a horta não produz aquilo, devido ao clima, à época, ou porque não produz e pronto, ou ainda por não ser possível ter ou conceber isto ou aquilo no tempo desejado para confecionar isto ou aquilo, tenho mesmo que comprar feito. 

Ontem, felizmente o produto que eu ia comprar, mas que não existia nos supermercados a que fui, era possível e exequível de se fazer e usar no próprio dia… porque se eu precisasse de leite de coco orgânico por exemplo, ou de chucrute, que têm um processo mais lento e nunca fica verdadeiramente pronto num dia… estava lixada. Ou melhor, ficava lixada! 

Não comprei a dita tahine, mas comprei sementes de sésamo (pretas e brancas). 

E como é que se faz tahine? É muito fácil. Têm só de torrar as sementes (eu utilizei apenas as brancas) e depois bater e bater e bater até formar a tal pasta. 

Bater durante quanto tempo?

Isso depende do processador que têm. Eu bati talvez uns 15 minutos, até ficar assim. 

O que sobrou guardei no frigorífico para outras andanças. 

Agora vamos ao húmus. Eu fiz o mais tradicional, o de grão de bico, mas claro que fiz uma ou outra alteração/ acrescento porque aquilo que fazemos deve ter sempre o nosso toque especial. 

INGREDIENTES 

• Grão de bico 
• Pasta de gergelim ou tahine (feita minutos antes)
• Sumo de um limão (da horta)
• 1 dente de alho
• Azeite bom
• Cominhos
• Sementes de mostarda 
• Piri piri 
• Manjericão (da horta)
• Sal marinho 
• Coentros em pó 
• Água da cozedura do grão de bico

PREPARAÇÃO 

Comecei por cozer muito bem o grão que esteve umas 8 horas de molho. Cozi com 2 folhas de louro e uma cebola para aromatizar. 

Depois descasquei grão a grão. Sim. É crucial. Para que fique um húmus cremoso. 

 

Estão a ver ali a pasta de gergelim pronta, linda, orgânica num taparuere? 😄👌🏼 

Coloquei o grão descascado no processador, (reservei uns poucos grãos para decorar o prato no final) e juntei o sumo de um limão, um pouco do caldo da cozedura do grão, 3 colheres de chá de pasta de gergelim, folhas de manjericão lavadas e cortadas, uma colher de chá de cominhos em pó, sementes de mostarda, uma pitada de coentros em pó, um dente de alho picado, piri piri, azeite e sal. Bater tudo até ficar cremoso. Depois é só transferir para um prato e decorar. 

Podem servir com pão torrado, com chips de abóbora ou com cebolas cruas com sumo de limão, por exemplo. Ou podem usar como acompanhamento. 

E perceberam o quanto natural e saudável esta receita é? Sem nenhum tipo de conservante, adulterante, químico e afins? 😄👌🏼