E chegar a casa e ter mimos destes… amêijoas fresquissimas da Lagoa de Óbidos

E chegar a casa e ter mimos destes… amêijoas fresquíssimas da Lagoa de Óbidos apanhadas pelo meio pai, é sem dúvida uma das melhores formas de me sentir amada e claro, um verdadeiro regalo para o meu estômago.

Melhor que tudo isto que vos descrevi, é confessar-vos que tem sido frequente, o que faz de mim uma filha muito abençoada.

Falo quase todos os dias com os meus pais, mas ultimamente não os vejo tanto como gostaria. Eles têm a vida deles, bastante preenchida, o que me deixa feliz até, e eu também não posso dizer o contrário da minha. Eles (os meus pais) são quase nómadas, não por não terem uma casa fixa, que têm, mas por terem várias e eu por ser obstinada nos meus afazeres e não gostar mesmo nada de abdicar deles, como ir ao ginásio, ter tempo para cuidar de mim e dos meus amigos, da casa, da logística semanal, etc, etc… agora também não vou esmiuçar aqui toda a rotina familiar, senão nunca mais chegava às amêijoas.

Certo é, que o meu pão adora entreter-se a apanhar amêijoas na lagoa de Óbidos e eu adoro entreter-me a degustá-las.

E faço-as da maneira mais simples, mais saudável, e que (no ponto de vista) me permite retirar o maior partido deste molusco bivalve, ou seja, o mais natural possível, sem camuflar a sua origem e o seu sabor autêntico.

INGREDIENTES:

  • ameijoas vivas e fresquíssimas
  • azeite
  • dentes de alho
  • sementes de mostarda
  • uma malagueta seca
  • coentros frescos
  • um limão

PREPARAÇÃO:

Numa tacho colocar um fio generoso de um bom azeite ao lume, acrescentar alguns dentes de alho emborrachados e com casca, umas sementes de mostarda, uma malaqueta partida ao meio e deixar apurar até os alhos começarem a “falar”.

Acrescentar os coentros e deixar cozinhar um pouco…

Acrescento as ameijoas e mexo bem. Eu não tapo o tacho. Elas enquanto cozinham libertam imensa água que dá origem àquele molho maravilhoso onde adoramos embeber o pão, até não haver mais pão… E não tapo propositadamente, porque acho que destapado a quantidade de molho fica no ponto.

Vou mexendo de vez em quando e quando todas estiverem bem abertas a olhar para mim e a dizerem-me:

Já me podes comer!!

Então apago o lume, corto um limão e espremo por cima delas. Quem não gosta de limão, poupa um limão. Ou deixam o limão para lavar as mãos no fim e retirar o cheiro ao alho e a maresia… Ou também pode deixar o limão apodrecer e depois atirá-lo à cabeça de alguém! As opções nesta fase são algumas… Escolham a que melhor se identificar convosco.

Depois é só servir e….

Hummmmmmm…..

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Acho que nunca me vou fartar de as comer. Só espero que o meu pai também nunca se farte de as apanhar!

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