Gulli, um restaurante de perder a cabeça

Férias são férias! Cometemos loucuras! Eu cometi várias, confesso. O bom das boas loucuras é que nunca nos arrependemos delas e esta experiência gastronómica que tive no Gulli é só mais uma prova disso mesmo. O Gulli é um restaurante de comida mediterrânica e napoletana. Fica em Aljezur (sul de Portugal) e no meio do nada somos surpreendidos por filas de espera e uma casa absolutamente cheia. Felizmente fizemos marcação prévia, logo, ninguém ficou rabujento, nem à espera e muito menos de barriga vazia, antes pelo contrário. 

Foi dos melhores jantares que tive nestas férias, só para terem uma ideia, devo ter revirado os olhos uma dezena de vezes (de tanto me regozijar a cada pedaço e momento). Cada prato era uma luxuria para os meus olhos e um festim para o meu estômago. O Gulli tem um ambiente descontraído, mas carregado de bom gosto. Nós ficámos na esplanada a usufruir da natureza, das estrelas e de uma excelente temperatura. Noites de verão maravilhosas. A luzes, as flores, a decoração, a simpatia, alegria e boa disposição dos presentes tornou tudo mágico e inesquecível.

Só tive uma dificuldade imensa em escolher. Tudo me parecia delicioso e queria experimentar o cardápio todo, mas a muito custo, lá me decidi. 

Para entrada “country fashion” queijo chèvre” cremoso e quente, pão crocante agridoce, ravioli de Nisa em molho gaspacho e tártaro de legumes grelhados. 

Depois seguiu-se um prato de gastronomia mediterrânica, “Mil folhas de bacalhau” lombo de bacalhau fresco confitado em azeite de Moura e tomilho, com cebola roxa caramelizada e batatinhas ao murro em perfume de trufa branca. 

Como queria experimentar um pouco de tudo, não podia faltar um outro prato, agora de gastronomia napoletana, “Tortellacci Noci salvia limone” recheado com nozes e requeijão de Serpa, molho de manteiga de salva fresca e limão. Mousse rosa à G e noz crocante. 

 Tudo acompanhado com um vinho tinto muito bom. 

O jantar estava absolutamente divinal, não é só o aspeto bonito e cuidado. Até os talheres (que tive o cuidado de fotografar) eram lindos, pesados e com uma elegância indescritível. Sou bastante exigente na comida e desta vez fui surpreendida. Levo comigo uma vontade imensa de voltar. Foi talvez dos melhores restaurantes que fui este ano. Recomendo, sem sombra de dúvidas! 

Para terminar este sublime jantar dos deuses, escolhi uma sobremesa com batata doce, por ser típico da região. Em Aljezur a batata doce é rainha e já tinha provado pastéis de nata de batata doce e outras iguarias e quis pôr à prova uma ultima vez este prazer desgustativo que estava a viver. 

A sobremesa dá-se pelo nome de “BD desestruturada” e é um mil folhas de batata doce, mel, medronho e morangos frescos bêbados. 

Desde a entrada, passando pelo primeiro, seguido do segundo prato e terminando na sobremesa, tudo estava verdadeiramente ma-ra-vi-lho-so. Lembro-me de fechar constantemente os olhos para interiorizar, viver e saborear cada garfada. Só tenho pena de não ter sido eu a confecionar, mas parece que sou mesmo uma mulher de sorte e fiquei a conhecer o Chef e ficou a promessa de uns workshops. 
 

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