Eu não era assim, Tão (pele) Sensíveeeeel!
Até há cerca de uns 6, 7 anos atrás, eu podia ir à praia a qualquer hora do dia, podia até não fazer uso de protetor solar (o que não significa que aconselhe, claro, independentemente da tolerância ou reação de cada um) podia ficar horas consecutivas exposta ao sol sem me preocupar (também é verdade que com aquela idade não tinha muito com que me preocupar, mas o que eu quero mesmo explicar, é que não existia nenhuma espécie de adulteração, reação ou irritação do meu corpo ou da minha pele que me fizessem sentir alguma espécie de desassossego) e mais importante que tudo, podia estar exposta ao sol e a temperaturas altas, sem sofrer. Conseguia “trabalhar para o bronze” na maior das descontrações e até era um dos momentos mais prazerosos dos meus verões.
O dito “bronze”, na realidade nunca passou de uma miragem. A cor da minha pela sempre foi extremamente branca, e 3 idas à praia nunca foram o bastante (nem 8) para adquirir de imediato aquela tom moreno que todos cobiçamos ter. Quando estamos queimados do sol (sem exagero, claro) ficamos mais giros, mais sensuais, mais contrastantes, vibrantes, sentimo-nos mais confiantes, até aqueles defeitos que só nós vemos (normalmente) se esfumam nas peles bronzeadas… E andamos todos com sorrisos mais rasgados.
Pois é… Mas se achavam que o facto de nunca chegar a ficar mesmo morena, morena, ao estilo PANTONE 159C era aqui o cerne da questão, enganaram-se.
Hoje, sou alérgica ao sol, também conhecido como Erupções Polimorfas à Luz (EPL). Os sintomas podem ser tanto desconfortáveis como angustiantes.
Pior que não passar de uma pele dourada (mas um dourado extremamente encantador, ok?! PANTONE 1365C) é não suportar mesmo estar ao sol entre o meio-dia e as quatro, cinco da tarde. Nos dias de calor mesmo intenso, o meu corpo escalda como se estivesse em brasa incandescente, a minha pele parece arrepelar e eu sinto-me integralmente afogueada. É bastante incómodo, mas ainda consegue ficar pior.
Depois dos primeiros dias de sol, no horário das crianças e com protetor TOTAL barrado em mim da cabeça aos pés, aparecem-me as tais erupções polimorfas. Agora imaginem, estou completamente pálida à mesma, mas com o corpo, (nomeadamente as pernas, braços peito e barriga) cheio de borbulhas. Mas, ainda é possível ficar pior…
Branca, com borbulhas espalhadas pelo corpinho todo… E com uma coceira infernal.
E agora podem não acreditar, mas ainda assim, é mesmo possível ficar pior!!
Acordada, com uma descomunal concentração e obstinação, consigo não me coçar, mas já a dormir… E as supostas erupções na pele, borbulhas, manchas vermelhas, dão espaço a feridas, crostas e afins.
Conclusão:
Fisicamente é-me doloroso suportar o sol, já tinha uma certa dificuldade para apreender a cor morena, agora essa missão tornou-se quase impossível, fico com o corpo repleto de borbulhas, depois feridas e com uma constante comichão insuportável…
Retrato maravilhoso o que acabo de descrever! Agora digam lá e sejam sinceros:
Cheios de inveja, não é verdade?!!
Este ano, mais uma vez, levei este assunto ao médico na esperança de já existir uma solução para o meu problema, considerando que adoro fazer praia, mas começo a desenvolver uma espécie de síndrome de pânico cada vez que chega o verão, logo, as primeiras idas à praia do ano…
Se o ano passado me tinham dito primeiro que tudo:
– Não apanhar sol!
(espetacular!!!!! De génio!! – é como ir a um nutricionista porque se deseja emagrecer e o conselho de mestre é: – Não comer!)
Na verdade, ambas as dicas resultam, mas quando consultamos um profissional esperamos mais qualquer coisinha, não concordam?!
Ok. Então se a paciente não ficou satisfeita vamos à segunda:
– Na eventualidade de “apanhar sol” utilize um qualquer protetor solar TOTAL.
(usei Nívea 50 +, mas não resultou).
Este ano a receita foi especificamente esta:
Para exposição ao sol utilizar:
Avène Solares 50+: linha laranja – Proteção das peles sensíveis graças ao seu complexo fotoprotetor patenteado, estável e eficaz no tempo. Sem parabenos. Hipoalergénico. Não comedogénico.
Para depois do sol utilizar:
Avène Emulsão Reparadora Para Depois do Sol: emulsão hidratante e suavizante para pele que esteve exposta ao sol. Restaura a barreira protetora da pele e previne a perda de água. Com uma ação refrescante, que acalma a pele irritada, proporcionando um alívio imediato. A sua textura não gordurosa, de rápida absorção, hidrata em profundidade reduzindo a secura da pele, conferindo uma sensação de conforto. Sem parabenos. Hipoalergénico. Não comedogénico.
Devem estar com a mesma pergunta na cabeça que eu:
Mas és alérgica ao sol ou aos protetores solares?!
BINGO!! Foi exatamente o que questionei ao médico quando este ano a suposta solução à minha alergia ao sol eram estas duas embalagens…
Apesar de a resposta não ser suficientemente convincente para mim, que passo a parafrasear:
– São excelentes protetores solares, sem parabenos e hipoalergénicos que vão certamente acentuar e muito o seu problema…
Lá comprei os produtos na farmácia (carooooooooos) e agora vou testá-los… Quando desejamos muito uma coisa, a esperança é a última a morrer. É uma verdade universal, até para os mais cépticos.
Se por acaso, alguém sofre do mesmo que eu, já experimentou diversos produtos, e tem “A Solução” – INFORME-ME, por favor!!
Eu comprometo-me a dar-vos até ao final do verão, o feedback da minha experiência com estes produtos…
…E agora acendemos todos umas velas em conjunto, por favor!
Um pensamento sobre “Dramas de uma Alergia ao Sol – Erupções Polimorfas à Luz (EPL)”