Como devem imaginar, ontem foi um dia especialmente agitado, com muita emoção, ansiedade, borboletas na barriga e toda uma multiplicidade de sensações…

Mas hoje, mais aquietada deste coração e desta cabeça, garanto-vos que Boas!!! Todas muito boas!

Só posso estar grata pelo apoio e toda a recetividade que tive, pela mensagens motivadoras pelos incentivos a determinar aquela confiança para continuar… Enfim, agora posso confessar-vos que aquele bichinho que andou aqui durante alguns dias a atazanar sem me permitir dormir, lá amansou…

Sim, porque mesmo para uma pessoa extrovertida como eu, nem sempre é fácil dar aquele passo derradeiro para exposição. Existem sempre inseguranças, medos e toda uma série de conflitos internos que nos interpelam, nos perturbam, nos geram uma inquietação desgovernada e de repente tudo o que fazia sentido para nós nos últimos tempos, eclipsa-se. Perdes o Norte, o Sul, arruínas com qualquer ponto cardeal que te orientava, já nem sabes o nome das estrelas, muito menos te orientas através das constelações nem estás capaz, tão pouco, de ler num simples GPS as coordenadas do teu trajeto…

E pensas: (eu não sei se no momento pensas de facto… No momento, desesperas!!!)

Ainda há uns minutos acordei no paraíso, como é possível ter descido tão abruptamente às portas do inferno?!

E não é que sentes o teu corpo inapto, impotente, a resvalar, a cair num vazio sem fundo, escuro, mudo, oco e lentoooooo, como se de um sonho (pesadelo) se tratasse…

Felizmente, é só o medo a apoderar-se de nós. Só isso, nada mais. Mas este “só isso” que por acaso é o “MEDO” tem poderes colossais! Imaginem que em escassos segundos tem a capacidade absoluta de nos sugar a consciência. É o nosso cérebro a pregar-nos partidas! Em vez de ser nosso aliado tem momentos que parece que habita dentro de nós apenas para nos atormentar.

Honremos os nossos verdadeiros amigos. Aqueles que são os nossos pilares nesta vida, que nos trazem à tona antes de engolirmos o último pirolito que ditaria o nosso fim… Ou pelo menos neste caso, que ditaria a minha renuncia ao estrelato!!!! E este início de Epopeia não teria acontecido…

Do mais fundo do meu coração, Muito Obrigada!